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Acidentes de trabalho e doenças profissionais entre bancários: UM RISCO INVISÍVEL

28/04/16

No mundo todo, cerca de 2,2 milhões de trabalhadores são mortos anualmente devido a acidentes de trabalho. Segundo o último relatório sobre o assunto da Organização Internacional de Trabalho (OIT), realizado em 2014, o Brasil ocupa a quarta posição com 1,3 milhões de casos anuais. 
O dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, 28 de abril, surgiu no Canadá por iniciativa do movimento sindical, e logo se espalhou por diversos países, organizado por sindicatos, federações, confederações locais e internacionais.
A data foi escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, no ano de 1969. A OIT, desde 2003, consagra a data à reflexão sobre a segurança e saúde do trabalhador. 
A categoria bancária está entre as que mais sofrem com doenças do trabalho. Por muito tempo, doenças como a LER/DORT figuraram no topo da lista, mas vêm perdendo espaço. A situação se agrava a cada ano em razão do aumento do assédio moral e de outras formas de pressão psicológica sobre os funcionários para que as metas impostas pelos bancos, cada vez mais abusivas, sejam atingidas. O resultado é um número cada vez maior de trabalhadores sofrendo de depressão e outros distúrbios psicológicos.
Os últimos dados oficiais são de 2013, mas de lá pra cá a situação não mudou muito. Somente em 2013, mais de 18 mil bancários (18.671) foram afastados, de acordo com dados do INSS, em todo o país. Do total de auxílios-doença concedidos pelo INSS, 52,7% tiveram como causas principais os transtornos mentais e as doenças do sistema nervoso. Isso significa dizer que, de cada dez bancários doentes, cinco são por depressão.