HOMOFOBIA MATA
23/06/16
Poderia ter sido mais um domingo, em que cerca de 150 pessoas se divertiam em uma boate, mas, não foi. Nos EUA, o dia 12 de junho foi manchado de sangue por um americano de 29 anos. Omar Saddi entrou na boate Pulse, em Orlando, e atirou contra todos que ali estavam, interrompendo vidas e dilacerando famílias. No Brasil, a cada hora um homossexual é vítima de agressão. O discurso de ódio é, muitas vezes, disseminado por meio das palavras de líderes religiosos. E nada é feito com relação a isso. Muitas vezes as discussões são empurradas pra “debaixo do tapete” para evitar o conflito.
As escolas ainda não sabem tratar o tema com os estudantes. Em uma pesquisa recente, feita pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, 32% dos homossexuais entrevistados afirmaram sofrer preconceito dentro das salas de aula. A homofobia é passada de geração a geração. No ambiente de trabalho, muitos homossexuais sofrem preconceito e perseguição pelos colegas, e o caminho é árduo para entrar no mercado. É preciso questionar a homofobia e essa sociedade machista, que preza pela desigualdade de gênero e despreza a comunidade LGBT. A discriminação do que é considerado e pregado como tradicional corrói ainda mais a nossa sociedade doente, intolerante, e que não respeita as diferenças. Por isso, a conscientização e a luta em defesa dos homossexuais e transsexuais deve ser diária.