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Gestação: é preciso cuidado com quem gera uma nova vida

18/06/18

Após a Reforma na Legislação Trabalhista ser aprovada, sob a batuta do ‘‘ilustríssimo’’ deputado potiguar Rogério Marinho (PSDB), uma mudança chamou a atenção: a possibilidade de que mulheres grávidas trabalhem em locais insalubres, uma vez que a caracterização da “insalubridade” ficará a cargo do empregador. Mas infelizmente esse não é o único problema enfrentado pelas gestantes.
Em uma sociedade de base patriarcal como a nossa, as mulheres, ainda hoje, sofrem discriminação nos mais diversos campos: político, social e profissional. Um exemplo claro disso foi o dado que assustou muito a população brasileira ao ser divulgado pela Fundação Getúlio Vargas no segundo semestre de 2017, de que 48% das mulheres brasileiras são demitidas após a licença-maternidade. Isso porque os empregadores alegam que mães não conseguem se dedicar como deveriam ao trabalho. Essa desculpa também faz com que muitas vezes a ausência de filhos seja uma exigência na hora da contratação.
Muito além desses desgastes relatados, há ainda as intempéries de quem está enfrentando uma gestação. Mulheres que se veem desrespeitadas e subjugadas como profissionais a partir do momento que engravidam. 
São milhares de processos tramitando na justiça, por diversos motivos ligados à gestação. Por mais que o período seja coberto por lei, que impede que a profissional seja demitida por este motivo, isso não evita que ocorram comportamentos inadequados, grosseiros e preconceituosos com as gestantes no trabalho.
É preciso que os gestores sejam compreensivos e saibam lidar com a delicadeza que o período requer. São mais idas ao banheiro, necessidade de alimentação correta e em horários pré-estabelecidos, idas frequentes ao médico (muitas vezes além do pré-natal), enfim, cuidados básicos com aquela que está gerando uma nova vida. 
Para as gestantes, é importante deixar claro que a gravidez não é um sinônimo de declínio da carreira, e que é apenas uma condição natural que não afeta a normalidade do trabalho que já é realizado, requer apenas compreensão. Se você está grávida: não aceite tratamento preconceituoso. Você é protegida pela lei.
Já para as empresas, no nosso caso, os bancos, são orientados pelo próprio mercado que a flexibilidade e respeito à diversidade sejam características de empresas modernas que se preocupam com o próprio capital humano. Por isso o Sindicato dos Bancários do RN estará sempre acompanhando casos que requeiram maior atenção.