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Sem grandes avanços

20/07/18

Um calendário. Esse foi o resultado da segunda rodada de negociação ocorrida no dia 12 de julho entre a Fenaban e o Comando Nacional de Negociação dos Bancários. Os banqueiros mais uma vez agiram como de costume, com bastante intransigência, ao se negarem a assinar o pré-acordo proposto pela categoria, que garante os direitos já conquistados pelos bancários e bancárias.
Apesar do atual ACT se encerrar ao final de agosto, o que pode representar a interrupção dos direitos garantidos nele, caso não haja renovação das cláusulas até esta data, a Contraf/CUT e a Contec, outra vez, iniciam a campanha atrasadas, sem qualquer mobilização pela base e com uma pauta rebaixada e submissa aos banqueiros e a Temer, como fizeram por 13 anos nos governos do PT. Após 2 anos de um acordo bienal, que deixou os bancários expostos a todo tipo de ataques, a única coisa que se obteve até agora foi a promessa de um calendário de novas reuniões. O que é muito pouco, visto que, após financiarem a Reforma Trabalhista, os banqueiros fazem de tudo para aplicá-la em sua totalidade.
É preciso apresentar um calendário de luta, pressionar para que os banqueiros avancem nas negociações. Quanto mais for adiada a luta, menores as chances de vitória. E desta vez estão em risco todos os direitos conquistados por décadas.
Diante do lucro exorbitante de mais de R$ 76 bilhões obtido pelos bancos somente em 2017 (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica e Santander) os bancários reivindicam ainda, dos banqueiros e do Governo:
 
- Reajuste de 22%; recomposição das perdas salariais acumuladas; isonomia; PLR linear; a defesa dos bancos públicos; mais contratações; plano de saúde com preço justo e rede conveniada satisfatória; fim do assédio moral; fim das metas; estabilidade no emprego; fim das demissões imotivadas; segurança nas agências e nos postos de atendimento; revogação da Reforma Trabalhista e a continuidade da luta contra a Reforma da Previdência.