Apesar da altíssima lucratividade de cerca de R$ 2,8 bilhões no segundo trimestre de 2009, a alta cúpula do Itaú se nega a pagar um Plano Complementar de Remuneração (PCR) digno para aqueles que tanto contribuem para gerar lucros exorbitantes para a Empresa. No ano passado, o PCR pago foi de R$ 1.800, divididos em duas parcelas. De acordo com a negociação específica com o Itaú, o pagamento é feito no mês de agosto. No entanto, com a fusão do Itaú com o Unibanco, a Empresa quer gastar o mesmo valor do ano passado entre os bancários do Itaú e do Unibanco, o que diminuirá o dinheiro recebido por cada funcionário. A proposta dos banqueiros é pagar a primeira parcela no valor de APENAS R$ 500 para o início de setembro.
Segundo a diretora do Sindicato e funcionária do Itaú, Albertina Bertino, este é um retrocesso que os bancários não podem aceitar. “Só a primeira parcela do ano passado ficou em torno de R$ 750. O que o Banco está tentando fazer é meter a mão no dinheiro conquistado com muita dedicação e pressão por parte desses banqueiros”, afirmou a sindicalista.
Só lembrando que após muita luta da categoria, os bancários do Itaú conquistaram, pelo quinto ano consecutivo, em 2008, um PCR maior que o do ano anterior. Albertina convoca todos os bancários a dar a resposta aos banqueiros no mês de setembro quando a Campanha Salarial estiver pegando fogo.