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Itaú demite em massa e usa home office como pretexto para ampliar exploração

09/09/25

O Itaú Unibanco voltou a atacar os trabalhadores. Nesta segunda-feira (08/09), cerca de mil bancários e bancárias que atuavam no Centro Tecnológico (CT), no CEIC e na Faria Lima, em regime híbrido ou remoto, foram demitidos sumariamente. A justificativa apresentada pelo banco foi de “baixa aderência ao home office”, após um período de mais de seis meses de monitoramento.
 
As demissões ocorreram sem qualquer aviso aos trabalhadores ou diálogo com o movimento sindical, em um claro desrespeito aos direitos trabalhistas e à representação da categoria. Ao invés de garantir qualidade de vida e, supostamente, conciliar as esferas profissional e pessoal, o home office está sendo usado como desculpa para intensificar o controle, a vigilância e a exploração.
 
Essa política não é um fato isolado. Nos últimos 12 meses, o Itaú já havia eliminado 518 postos de trabalho, reduzindo seu quadro para 85.775 funcionários. Ao mesmo tempo, a instituição registrou no último semestre um lucro superior a R$ 22,6 bilhões, fixando-se como o maior banco do país em ativos.
 
Enquanto lucra bilhões, o Itaú promove demissões em massa sob o pretexto de produtividade. Os avanços tecnológicos e a digitalização deveriam servir para reduzir jornadas e melhorar condições de trabalho. Mas vêm sendo usados exclusivamente para ampliar os ganhos dos acionistas às custas do emprego e da dignidade dos trabalhadores. 
 
"O movimento sindical bancário precisa denunciar mais esse ataque e reforçar a necessidade de organização da categoria para enfrentar a ganância dos bancos. A luta por condições de trabalho justas, respeito e valorização dos trabalhadores é mais urgente do que nunca.", destaca Alexandre Candido, coordenador do SEEB/RN.