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20 de Novembro | Consciência Negra é Luta de Classes!

19/11/25

“Por menos que conte a história / Não te esqueço meu povo / Se Palmares não vive mais / Faremos Palmares de novo.” (José Carlos Limeira)

Séculos se passaram, mas a classe trabalhadora negra continua enfrentando novas formas de escravização e violência. O racismo se manifesta no genocídio da juventude negra, no feminicídio das mulheres negras e pobres, na precarização do trabalho e na destruição ambiental que ameaça os territórios quilombolas, indígenas e ribeirinhos. A exploração e a exclusão permanecem como pilares do capitalismo brasileiro.

É preciso denunciar a continuidade das políticas de repressão e encarceramento em massa da juventude periférica, inclusive sob o governo Lula. A fracassada “guerra às drogas” é responsável por multiplicar prisões e mortes, sem resolver efetivamente o problema da criminalidade. A luta contra o racismo e pela vida do povo negro passa pelo enfrentamento contra extrema direita e sua política de morte, mas também pela cobrança firme de todos os governos que se omitem ou se aliam a ela.

A reparação histórica da escravidão é uma dívida que só será paga com organização e luta coletiva dos trabalhadores, negros e não negros. Reparação histórica significa garantir emprego e salário digno, moradia, transporte público gratuito e de qualidade, educação e creches públicas e laicas, saúde 100% pública, e a titulação e demarcação imediata dos territórios quilombolas e indígenas. Não há “bem viver” possível dentro de um sistema construído sobre o racismo e a exploração.

Este 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, marca os 330 anos da imortalidade de Zumbi e Dandara dos Palmares, símbolos da resistência contra a escravização. Seu legado é um projeto radicalmente oposto ao Brasil que temos hoje. Honrar Zumbi e Dandara é seguir na luta por uma sociedade livre e igualitária, sem opressão nem exploração.