O Sindicato dos Bancários do RN realizou, na manhã desta quinta-feira (23/02), o I Seminário sobre a Reforma da Previdência e a Dívida Pública. Compuseram a mesa José Menezes, coordenador do núcleo alagoano da Auditoria Cidadã da Dívida; Nereu Linhares, assessor jurídico do IPERN, e os diretores do SEEB-RN Gilberto Monteiro e Eduardo Xavier. Estiveram presentes os delegados sindicais, representantes de entidades e diretores do Sindicato.
O Governo Temer, os banqueiros e seus comparsas são os responsáveis por uma das maiores facadas nas costas dos trabalhadores: a Reforma da Previdência (PEC 287/15)
Todos os trabalhadores serão afetados, mas as mulheres serão ainda mais, uma vez que a proposta pretende ignorar a dupla e tripla jornada imposta pela sociedade patriarcal às mulheres, e equiparar o tempo de contribuição e idade mínima com a dos homens. E a regra do jogo vai ser alterada enquanto o jogo rola, sem que haja uma regra de transição para aqueles que já estão próximos de alcançar as regras atuais. Não haverá possibilidade de aposentadoria por invalidez, só se aposenta quem estiver completamente inválido, sendo obrigado, na maioria dos casos a mudar de função, com perdas econômicas ao trabalhador. Acaba com aposentadoria por idade e aposentadoria especial sem que nenhuma informação técnica que justifique isso.
Nereu diz que o texto da reforma não apresenta justificativa técnica, nem estudo atuarial. "Essa proposta de reforma é absurda. A alteração do texto apresentada pelo deputado Paulinho da Força (SD), mantém a idade mínima de contribuição e propõe diminuição no tempo de contribuição. A preocupação é que as entidades digam que assim tá bom, quando não está! É preciso uma reforma que busque as fontes de custeio", afirmou. Nereu se refere às propostas de emenda ao Projeto que está sendo costurada em Brasília pelo Solidariedade e outros partidos da base do Governo como um paliativo para facilitar a aprovação da proposta.
José Menezes destacou que o que está em jogo é a carreira do trabalhador. “O problema está no senso comum. Os banqueiros controlam as mídias, as mídias demonizam o trabalhador”, avaliou. Ele ainda tem um entendimento bem próximo do que defende o Sindicato dos Bancários do RN: É preciso acordar e investir na greve geral!