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Explosão nas Urnas: Chapa 2 rompe cerco da velha direção e conquista 40% dos votos no Sindicato dos Bancários do Piauí!

02/07/25

Mesmo enfrentando um processo eleitoral marcado por manobras escandalosas, arbitrariedades e ataques à democracia sindical, a Chapa 2 – Oposição Bancária emergiu como uma força viva e poderosa no cenário sindical do Piauí, conquistando cerca de 40% dos votos na eleição do Sindicato dos Bancários do estado.

A eleição, que deveria ser um exemplo de transparência e participação da categoria, se transformou em um verdadeiro teatro de cartas marcadas promovido pela atual direção do sindicato – a Chapa 1, que controlou a comissão eleitoral de ponta a ponta. Mas nem a blindagem institucional, nem a estrutura sindical usada a serviço de um projeto autoritário, foram suficientes para calar a voz da base.

 

Uma eleição sob censura, manipulação e sabotagem

Desde o início do processo, a Chapa 2 foi sistematicamente boicotada. A atual gestão se recusou a fornecer a listagem por local de trabalho e os roteiros das urnas. Em vez disso, entregaram uma lista completa de sócios (de A a Z), sem qualquer indicação de onde cada bancário trabalhava ou votava — um verdadeiro labirinto proposital para impedir a oposição de dialogar com a categoria.

Mais grave ainda foi a negação da lista de aposentados, excluindo, na prática, uma parte significativa da base, que poderia se posicionar livremente fora das pressões cotidianas dos bancos e da atual direção sindical.

Nos dias de votação, o cenário foi ainda mais escandaloso: todos os presidentes de mesa eram indicados pela comissão eleitoral controlada pela chapa 1, e tinham autonomia para encerrar a votação a hora que quisessem. E foi exatamente o que fizeram. Em locais com forte presença de apoiadores da Chapa 2, as urnas foram fechadas às 14h, em flagrante desrespeito ao estatuto da entidade, que determina votação das 8h às 17h.

Enquanto isso, onde a Chapa 1 era majoritária, as urnas funcionaram até o último minuto, revelando uma manipulação grotesca dos horários e da logística do pleito.

Nas cidades do interior, onde a Chapa 2 possui apoio, faltou a listagem de sócios nas urnas, dificultando o voto de dezenas de bancários que tiveram que votar em separado. E mais: o roteiro das urnas foi organizado não por proximidade geográfica, mas por instituição bancária — uma manobra que visava dificultar o acesso ao voto de bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, onde a Chapa 2 era amplamente favorita, e favorecer os bancos privados e finaceiras, reduto da Chapa 1.

 

Uma oposição forjada na luta, sem patronal, partido ou central

Mesmo diante de tamanha perseguição, a Chapa 2 mostrou força, garra e coerência. Sem apoio de partidos, patronal ou centrais, a chapa nasceu da indignação legítima da base, cansada de uma direção burocrática, distante e desconectada das reais necessidades da categoria.

Ao longo do processo eleitoral, a Chapa 2 conquistou o apoio de entidades combativas como o Sindicato dos Bancários do RN (SEEB-RN), a CSP-Conlutas, o SEEB-Maranhão, o SEEB-Bauru, além das oposições de São Paulo, Ceará, Pará, Rio de Janeiro e Distrito Federal, e das associações AEBA e AFBNB.

Esse apoio foi fruto de um programa independente, combativo e comprometido com a base, que denunciou a omissão da atual direção frente aos ataques dos banqueiros e ao avanço da precarização do trabalho nos bancos.

 

A verdadeira vitória: a base acordou!

Marcos Tinoco, dirigente do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, declara:
“A eleição não consagrou apenas uma direção: consagrou o nascimento de um novo polo de resistência sindical no Piauí. A Chapa 2 mostrou que existe uma alternativa real e legítima à velha estrutura sindical que se mantém no poder por manobras, e não por mérito.

Com quase metade da categoria ao seu lado, a Chapa 2 saiu da eleição maior, mais forte e com autoridade política para representar a insatisfação de uma enorme parcela dos bancários do estado.

Essa foi a primeira batalha de muitas. Agora é seguir fortalecendo a oposição nas agências, nos locais de trabalho e nas ruas, construindo uma nova direção sindical enraizada na base, comprometida com a luta de classes e com a defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores bancários.

É hora de avançar! Nenhum passo atrás! A oposição chegou para ficar!”