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Povo de Natal foi às ruas contra a anistia e a PEC da Blindagem

22/09/25

No domingo (21/09), trabalhadores e trabalhadoras ocuparam as ruas do país para dizer não à PEC da Blindagem (apelidada de “PEC da Bandidagem”) e rejeitar qualquer anistia aos golpistas do 8 de janeiro de 2023. As manifestações tomaram todas as capitais e reuniram centenas de milhares de pessoas, que gritavam a palavra de ordem “Sem anistia!”. Foi um dia para dizer chega.

Em Natal, a mobilização levou uma multidão para as ruas e tomou a Av. Roberto Freire, onde trabalhadores, estudantes e movimentos sociais se uniram para mandar um recado claro ao Congresso. O Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte participou da convocação e esteve presente no ato, reforçando sua posição firme contra os retrocessos.

“Não vamos aceitar a anistia, porque a anistia repete os crimes do golpe de 64. E também não vamos aceitar blindagem, que só favorece o crime organizado e a impunidade de parlamentares. Quem cometer crime tem que ser punido de acordo com a lei”, afirmou Alexandre Cândido, coordenador geral do SEEB/RN.

Contra o Arcabouço Fiscal e a Reforma Administrativa

Além da luta contra a anistia e a PEC da Blindagem, os protestos também deram destaque a outras pautas que atacam os direitos da classe trabalhadora. O Arcabouço Fiscal do governo Lula foi denunciado por ser uma política de ajuste que estrangula os investimentos sociais, prejudicando toda a população que depende dos serviços públicos.

Outro alvo foi a Reforma Administrativa, derrotada durante o governo Bolsonaro, mas que volta a ameaçar servidores públicos e a qualidade do serviço prestado à população. Nos atos, ficou claro que a luta é também em defesa dos servidores e do acesso gratuito e digno da população aos serviços públicos.

Solidariedade ao povo palestino

As manifestações também expressaram solidariedade aos povos oprimidos do mundo. Milhares de bandeiras da Palestina foram erguidas em todas as capitais, reafirmando o apoio à resistência palestina diante do genocídio promovido por Israel. Manifestantes cobraram que o governo Lula rompa todas as relações diplomáticas e econômicas com o regime daquele país, deixando claro que não é possível denunciar o massacre e, ao mesmo tempo, manter negócios com criminosos de guerra.

A luta precisa continuar nas ruas

Embora o Senado já sinalize pela rejeição à PEC da Blindagem, não se pode baixar a guarda. O Congresso já provou que muitas vezes age pelas costas do povo para aprovar ataques, incluindo aqueles que contam com anuência do próprio governo. Por isso, a classe trabalhadora deve seguir vigilante, organizada e mobilizada. “Sem anistia, sem blindagem e sem retrocessos contra os trabalhadores.”, defendeu Alexandre Candido. 

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Com informações da CSP-Conlutas.