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7 de Setembro em Natal: Sindicato dos Bancários denuncia intervenção dos EUA e cobra punição aos golpistas

08/09/25

O Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte marcou presença no ato de 7 de Setembro realizado neste domingo em Natal, fortalecendo a mobilização que reuniu movimentos sociais, sindicatos e trabalhadores sob a bandeira de uma verdadeira independência para o Brasil. O protesto foi marcado pela defesa da soberania nacional, pela denúncia dos ataques da extrema direita e pela exigência de punição aos golpistas.
 
Berinho Paiva, diretor do SEEB/RN, ressaltou a necessidade de enfrentar a intervenção dos Estados Unidos em nosso país e de defender os direitos da classe trabalhadora diante dos ataques vindos tanto da extrema direita quanto do governo atual. Ele destacou que a mobilização deste 7 de Setembro teve papel central na denúncia contra o “tarifaço” imposto por Donald Trump, que elevou em 50% as taxas sobre exportações brasileiras, colocando em risco milhões de empregos e aprofundando a dependência do país ao imperialismo dos EUA.
 
O tarifaço é mais do que um golpe econômico. Trata-se de uma chantagem política que busca ampliar o controle dos EUA sobre nossas riquezas, como petróleo, minerais estratégicos e a Amazônia, ao mesmo tempo em que tenta blindar Bolsonaro e seus aliados da responsabilização pelos crimes cometidos e pela tentativa de golpe de Estado.
 
A CSP-Conlutas, central a qual o SEEB/RN é filiado, defendeu medidas concretas para enfrentar a ofensiva imperialista. Entre elas, a aplicação de tarifas de reciprocidade contra os EUA, proibição da remessa de lucros de multinacionais, suspensão do pagamento da Dívida Pública a credores norte-americanos, estatização de empresas que ameacem fechar ou demitir, taxação das Big Techs e a defesa de uma produção nacional voltada às necessidades do povo, com redução dos preços dos combustíveis e do gás, estabilidade no emprego e diminuição da jornada sem corte de salários.
 
O ato de 7 de setembro também denunciou o arcabouço fiscal do governo Lula e a proposta de Reforma Administrativa, que ameaça os servidores e serviços públicos, e está sendo pautada no Congresso. A manifestação ainda apontou para a necessidade de derrotar a extrema direita e punir os responsáveis pela tentativa de golpe. Os manifestantes exigiram a prisão de Bolsonaro e de seus cúmplices, a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro e o confisco dos bens de todos os envolvidos nos ataques à democracia.
 
“O 7 de Setembro, mais uma vez, se transformou em dia de luta e resistência. Não há independência verdadeira enquanto o país estiver submetido a intervenções estrangeiras e enquanto golpistas seguirem impunes.”, destacou Berinho Paiva.